segunda-feira, 27 de agosto de 2018

A entrada para o paraíso


A mesa farta, rente ao fumeiro, é só uma das razões para rumar a Montalegre, uma das cinco portas do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Na zona de Pitões das Júnias, a natureza reina quase intacta, as tradições do mundo rural ainda vivem, e um mosteiro em ruínas ensina a apaziguar.
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A caminhada segue para a Cascata de Pitões da Júnias, onde se chega em pouco mais de uma hora. O caminho, já perto da cascata, inclui passadiços em madeira e alguns degraus que têm de ser vencidos, mas não tornam o percurso demasiado exigente. A paisagem, onde cabem serranias imponentes, ajuda a chegar ao destino – uma «varanda» e um banco para repor o fôlego, de onde se aprecia a queda de água com 30 metros. Subidos os degraus, volta-se a descer, desta vez para o lado contrário. A escassos minutos, aguarda-nos o Mosteiro de Santa Maria das Júnias, construído no século XII e classificado como Monumento Nacional. Repousa num vale e tem como companhia o Ribeiro do Campesinho. O facto de se encontrar em ruínas só parece reforçar a beleza do conjunto.