sábado, 18 de maio de 2024

Um Vilapontense que deu cartas na moda

 

Era considerado por muitos um génio. Era criativo e inovador. Há 10 anos, numa entrevista ao Só Visto, na RTP, a propósito do Portugal Fashion, admitia que não gostava muito de falar para as câmaras, apesar de ser um dos designers mais conhecidos do país. Defendia que a moda é um negócio e que, quem não entende isso, não deve ficar no ramo. Além disso, acreditava que o designer tem de vivenciar o mundo. «A moda pressupõe que o seu autor tenha experiências cognitivas, experiências do ponto de vista da expressão dos seus sentidos, de modo a que possa entender o seu universo», afirmava numa entrevista ao Jornal Têxtil em 2017. Por isso, para si, o mais importante era «adquirir conhecimento em todas as áreas possíveis»«Depois é ser muito trabalhador, ter aquela fibra de desejo, uma ambição, de poder fazer-se valer no mundo – esse desejo tem de ser autêntico», acreditava.